As dívidas com o cartão de crédito, financeiras, bancos e no crediário puxaram o aumento de 4,8% no calote do consumidor na passagem de março para abril, informou a Serasa Experian nesta quarta-feira (16). Esse aumento representa o maior para o mês dos últimos dez anos — desde 2002 não se via uma elevação tão acentuada da inadimplência em abril.
Essa alta recorde ilustra as dificuldades dos brasileiros em honrar as despesas de início de ano, aliadas ao endividamento crescente. Esse movimento se estendeu para além do mês de março, considerado o mais crítico do ano, segundo os economistas da Serasa.
A inadimplência não bancária, representada pela falta de pagamento de faturas dos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de luz e água, puxou a alta do indicador ao subir 8,8% entre março e abril. As pendências financeiras com os bancos também contribuiram para a alta do indicador, com crescimento de 4,3% em abril.
Por outro lado, o calote por meio dos títulos protestados e de cheques sem fundos foi na contramão das outras dívidas, diminuíram e impediram uma alta ainda maior da inadimplência em abril. Os protestos recuaram 13,7%, enquanto os cheques sem fundo tiveram queda de 7,4%.
A Serasa informou também que, na relação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2011, a inadimplêcia subiu 23,7%. Nos primeiros quatro meses de 2012, o calote teve alta de 19,6%.
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