A programação em comemoração a memória dos Protomártires de Uruaçu e Cunhaú encerra nesta quarta-feira (3), feriado Estadual no RN. A Paróquia do Santuário dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, no bairro Nazaré, em Natal, e a capela dos mártires, em Uruaçu, São Gonçalo do Amarante, tem uma programação especial até esta quarta (veja programação abaixo).
O diácono José Anchieta, do Santuário dos Mártires, conta que a história dos mártires começou em 16 de julho de 1645, época em que o Rio Grande do Norte estava sob domínio holandês. Segundo o relgioso, tropas de militares holandeses, protestantes calvinistas, juntamente com índios potiguares e tapuias invadiram a capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, durante a missa de domingo. Ali estavam o vigário André de Soveral e outras 70 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, que foram massacrados.
Naquele mesmo ano, conforme relata o diácono, fiés católicos de Natal decidiram se refugiar às margens do Rio Uruaçu, onde formaram um pequeno povoado, liderados pelo pároco da capital, o padreAmbrósio Francisco Ferro. No dia 3 de outubro, no entanto, a pequena vila foi invadida também por tropas holandesas, com apoio dos índios potiguares e janduís. Ali foram mortos 120 pessoas, juntamente com o padre.
Em 5 de março de 2000, a beatificação dos mártires foi oficializada pelo então papa João Paulo II, na Praça São Pedro, no Vaticano. Em 6 de dezembro de 2006, foi sancionada a lei que tranformou o dia 3 de outubro em feriado estadual. Na data em que celebra os mártires, no ano de 2009, foi inaugurado o Santuário dos Mártires, em Natal.
Para José Anchieta, o feriado é um momento de lembrar do sacrifício e do martírio cruel dos irmãos como uma forma de testemunhar a sua fé. "A morte dos nossos irmãos foi motivada pelo ódio à fé que professavam, pois eles não queriam se converter ao protestantismo nem se rebelar contra a própria pátria".
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