quinta-feira, julho 11, 2013

Motorista explica como puxou moto com o pescoço: 'Não forjei nada'.

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso de um motorista que foi assaltado e acorrentado a uma moto pelo pescoço por dois dias em Rubiataba, a 220 km de Goiânia. Para o delegado Eurípedes de Oliveira Medeiros, existe a possibilidade de que ele tenha simulado o assalto. A vítima, que preferiu não se identificar, negou essa hipótese.

Segundo o motorista, o assalto aconteceu na sexta-feira (5), dia em que foi deixado em um matagal. Os criminosos, relata, colocaram a moto por trás dele, passaram a corrente, trancaram o cadeado e foram embora. "Pensei que eles fossem me matar", lembra. Ele conta que, após ser deixado sozinho, arrastou a moto pouco a pouco por cerca de 15 metros até alcançar, dois dias depois, a mochila, onde havia um celular. Foi quando ele conseguiu acionar a polícia.

Segundo o delegado, a suspeita sobre a veracidade da história contada pelo motorista foi levantada depois que o exame de corpo de delito, feito após o resgate, constatou que ele não tinha lesões aparentes e apresentava "apenas uma desidratação leve". Para Medeiros, a falta de ferimentos seria um indicativo de que o homem estaria mentindo. "Todo mundo sabe que passar três dias sem comer e amarrado pelo pescoço deve causar algo mais do que 'ausência de lesões corporais'. Tudo indica que há uma falsa comunicação do crime”, afirma o delegado.

A versão da Polícia Civil, no entanto, é contestada pela Polícia Militar, que fez o resgate do motorista junto com uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo os policiais militares, ele foi encontrado após arrastar a moto pelo pescoço por cerca de 15 metros, até alcançar uma mochila onde havia um celular. Com o telefone, ligou para o número de emergência da PM e pediu socorro.

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