Prevista para ser iniciada em março, a
vacinação gratuita de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV, que
protege contra o câncer de colo de útero, deverá ser feita
prioritariamente em escolas, disse ontem sexta-feira, 10, o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. O anúncio foi feito durante evento no
Instituto Butantan, em São Paulo, no qual o laboratório responsável pela
produção do item entregou o primeiro lote de vacinas, com 4 milhões de
doses.
“Cada município vai poder ter uma
estratégia específica de vacinação. Alguns vão utilizar um espaço dentro
da escola, outros vão concentrar nos postos de saúde. Nós daremos as
duas opções, mas vamos reforçar nos municípios que as ações na escola
devem ser priorizadas”, disse Padilha. A vacina só será aplicada com
autorização dos pais ou responsáveis.
A expectativa do ministério é imunizar 5
milhões de meninas ainda neste ano, o que equivale a 80% da população
dessa faixa etária. Para isso, o governo federal comprou 15 milhões de
doses, já que cada jovem deve receber três delas para estar imunizada.
Após a aplicação da primeira, a segunda é ministrada em dois meses e a
terceira, em seis.
Segundo o Ministério da Saúde, foram
investidos R$ 465 milhões na compra desses lotes. Uma parceria entre o
laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan vai
permitir que, em cinco anos, a fabricação do produto seja 100% nacional.
Até agora, a vacina estava disponível apenas na rede particular, ao
custo de R$ 1 mil as três doses.
Ampliação. Segundo o
Ministério, a partir do ano que vem, a oferta da vacina será ampliada
para meninas a partir dos 9 anos. “É muito importante que as doses da
vacina sejam dadas antes de qualquer atividade sexual realizada”, disse
Padilha.
O câncer de colo de útero é o segundo
tipo de tumor mais comum entre as brasileiras. Mais de 5 mil mulheres
morreram em decorrência da doença em 2011, último dado disponível.
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