Com os sangrentos atentados cometidos no Iêmen na
sexta-feira, o grupo Estado Islâmico desafia a Al Qaeda na luta por
conquistar uma população sunita descontente e confrontada com os xiitas,
que controlam o poder em Sanaa, avaliam especialistas.
Pelo menos 142 pessoas morreram e outras 351 ficaram feridas em
atentados suicidas de sexta-feira contra duas mesquitas de Sanaa,
frequentadas por fiéis e milicianos xiitas hutis, que desde janeiro
passado controlam a capital iemenita. O grupo Estado Islâmico (EI)
informou que estes atentados, os mais mortais cometidos até hoje em
Sanaa, foram apenas “a ponta do iceberg”.
Ao contrário, a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), também sunita,
reafirmou que não ataca “mesquitas e mercados” para evitar a morte de
“inocentes”. O massacre de sexta aconteceu 48 horas depois do ataque ao
Museu do Bardo, na Tunísia, que deixou 20 turistas estrangeiros mortos, e
foi reivindicado pelo Estado Islâmico, o que leva a crer que o grupo
jihadista tenha lançado uma campanha de ataques coordenados, estimam os
analistas. Mergulhado na anarquia e em uma guerra civil, o Iêmen está
dividido em dois.
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