domingo, março 22, 2015

Dia Mundial da água: Água Um bem cada vez mais escasso.

Reservatórios do Sistema Cantareira atingiram o nível mais baixo neste século, obrigando Sabesp a racionar água em São Paulo
A meio ano da adoção das novas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), publicou seu mais recente relatório global sobre desenvolvimento dos recursos hídricos. “É especialmente importante destacar mais uma vez, de forma clara, a importância central da água”, explica o principal autor do documento, Richard Connor. “A água é um pré-requisito básico para o desenvolvimento sustentável. Isso não é novidade, mas fundamental para o futuro uso da água.”

Por isso, a Unesco luta para garantir que a gestão da água, em todas as suas dimensões, seja consagrada como uma das novas metas de desenvolvimento sustentável. Isso não é o caso nos ainda vigentes Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo para cumprimento expira este ano. “Eles só tratam de água potável e saneamento básico”, lembra Connor.

“Agora vamos fazer pressão para obtermos uma meta ligada à água que inclua não só o acesso à água potável e ao saneamento, mas também a proteção e a gestão adequada dos recursos hídricos como um todo”, explica o ambientalista. Assim, o desperdício e a poluição da água devem ser futuramente reduzidos.

O abastecimento de água potável é responsável por apenas uma pequena fração do consumo mundial do recurso natural. Embora uma pessoa consuma, em média, dois a três litros por dia, a produção de alimentos para a necessidade diária exige cerca de 3 mil litros de água per capita. A maior parte é consumida mundialmente pela agricultura, seguida por outros setores, como o industrial e de energia.

No relatório atual sobre recursos hídricos, a Unesco acredita que o consumo na indústria irá quadruplicar até 2050, em relação ao ano 2000. Ao mesmo tempo, a agricultura deve produzir mais alimentos para uma crescente população mundial. Segundo o documento, existe a ameaça de que até 2030 haja um deficit de 40% no suprimento global da água, se nada for feito. Via tnonline

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