A Justiça aceitou a denúncia do
Ministério Público de São Paulo e iniciou uma nova ação contra 11
empresas acusadas de formar um cartel para obter contratos da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Este é o segundo processo
aberto pela Justiça neste ano por causa do cartel -no primeiro, de
janeiro, 15 empresas foram acionadas.
A nova ação diz respeito a contratos de
2000 a 2007, período em que o estado foi governado pelos tucanos Mário
Covas, Geraldo Alckmin, e José Serra, além de Claudio Lembo, à época no
PFL.
A decisão é do juiz Marcos Pimentel
Tamassia. Os promotores analisaram três contratos para a manutenção
preventiva de trens da companhia. De acordo com a investigação, as
multinacionais se uniram para fraudar licitações.
O MP diz que o esquema era simples.
Quando a licitação era lançada, as empresas negociavam entre elas qual o
consórcio ou empresa venceria a disputa. E, para isso, os demais
competidores se comprometiam a apresentar propostas com preços maiores.
Ao todo, 30 executivos de empresas suspeitas foram denunciados em ações
diferentes.
A Promotoria pede nesta ação que os
escritórios de todas as empresas envolvidas sejam fechados no Brasil
porque elas não agiam de boa-fé na execução dos contratos. O MP também
quer que as empresas paguem uma indenização de quase R$ 2,5 bilhões ao
Estado.
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