Pelo menos 20 passageiros de um ônibus
foram mortos a tiros em um ataque no fim da quinta-feira no Paquistão.
Autoridades acreditam que insurgentes separatistas foram os responsáveis
pelo atentado, ocorrido na instável província do Baluquistão, no
sudoeste do país.
As forças paquistanesas enfrentam um
movimento separatista no Baluquistão desde 2006, sem relação com a
insurgência islâmica que ameaça o país nos últimos anos.
Fontes do setor de segurança disseram
que dois ônibus foram parados no distrito de Mastung, 50 quilômetros ao
sul da capital provincial, Quetta, por pelo menos 15 militantes
fortemente armados. Alguns dos passageiros foram mortos a tiros no
local, enquanto os demais foram sequestrados. Os funcionários disseram
que cinco passageiros foram resgatados até agora, mas não está claro
quantos seriam os ainda sequestrados, nem como eles estão.
A maioria dos passageiros era de
pashtuns étnicos, disse Sarfaraz Bugti, ministro do Interior da
província do Baluquistão. Essa província é formada por baluques e
pashtuns. Os ataques daqueles contra a população pashtun são raros e
podem prejudicar as relações comunais entre esses dois grupos étnicos.
Os separatistas dizem que a província,
pouco povoada e rica em recursos minerais, é explorada pelo restante do
Paquistão. O governo paquistanês diz que os separatistas têm o apoio da
Índia o que Nova Délhi nega.
O ataque ocorre um dia após três
separatistas baluques serem enforcados. O trio foi condenado pelo
sequestro de um avião da Pakistan International Airways em 1998.
Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
Há também no Baluquistão episódios
constantes de violência de militantes islâmico contra as forças de
segurança e a minoria muçulmana xiita da província.
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