A mais recente ordem judicial que determinou o bloqueio no WhatsApp
no Brasil repercute entre todo e qualquer brasileiro até agora – isso
para não dizer a escala mundial que o fato atinge. Mas não é só aqui nas
terras tupiniquins que o app corre o risco de sair do ar. Reino Unido,
Irã, Bangladesh, Arábia Saudita, Síria e outros países estão passando
pelo mesmo desconforto.
No Brasil, entretanto, a determinação de bloqueio do WhatsApp pelo
ocorreu para forçar a companhia de Mark Zuckerberg a colaborar com a
Justiça numa investigação sobre que está em andamento.
Falta de colaboração
No Reino Unido, por exemplo, o ex-primeiro-ministro David Cameron
também faz duras críticas à falta de colaboração da empresa em
investigações. No caso dos britânicos, o terrorismo é um problema.
Cameron já havia dito que tentaria proibir apps de conversações
encriptadas, a exemplo do WhatsApp e do Snapchat, na impossibilidade de
acesso pelos serviços britânicos de inteligência. O discurso foi feito
após os ataques ao veículo Charlie Hebdo, em Paris.
Violação da liberdade de expressão.
O bloqueio do WhatsApp é visto por muitos, naturalmente, como uma
ameaça à liberdade de expressão. O app, afinal de contas, representa um
meio de comunicação e “salva” vidas – hoje alcançou status de veiculação
em função de sua agilidade.
Ainda assim, o “exagero” no compartilhamento de conteúdos que podem
incitar ou facilitar crimes como pedofilia e terrorismo, entre outros,
impulsiona as autoridades jurídicas a tomarem medidas que julgam
cabíveis.
Na Arábia Saudita, por exemplo, houve ameaça de retirar o WhatsApp do
ar em 2013 porque o app de conversação não estaria se adequando às
regras de Comissão de Comunicações e Tecnologia da Informação. À época, o
país chegou a tirar do ar o Viber pela mesma razão.
Já em Bangladesh o WhatsApp foi bloqueado em janeiro. O motivo foi o
mesmo: a dificuldade em monitorar comunicações pelo aplicativo. O
governo afirmou que havia ameaças de terrorismo e que “elementos
criminosos estão usando o app para se comunicar”.
A Síria, por sua vez, atravessa uma guerra há mais de três anos, e o
aplicativo era utilizado para agendar protestos durante a Primavera
Árabe. Em 2012, o WhatsApp saiu do ar por lá. “Um golpe na liberdade de
expressão e nas comunicações em todo lugar. Um dia triste para a
liberdade”, publicou o WhatsApp em seu Twitter à época. Via PnoAR.
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