O próximo ano será de mais desafios para
o setor elétrico e para o bolso dos brasileiros. A previsão de
especialistas é de um aumento entre 10% e 12,5% nas faturas em 2017. Os
motivos de mais um tarifaço na conta de luz passam pelo pagamento de
indenizações de R$ 65 bilhões às transmissoras de eletricidade.
Postergado desde 2013, por mudanças regulatórias na formação do preço da
energia e pelas condições desfavoráveis na geração, o pagamento vai
provocar cobrança extra já em novembro.
Além dos riscos iminentes, o setor
requer atenção também a médio e a longo prazos, uma vez que o caos só
não é maior porque o consumo de energia despencou com a crise econômica.
Para impulsionar a retomada do crescimento, o governo precisa
viabilizar novos empreendimentos, sobretudo porque o projeto da Usina
Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, foi cancelado. Nesta
segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho
Filho, viaja para a Bolívia, onde, entre outras coisas, vai assinar uma
parceria para iniciar estudos de uma hidrelétrica binacional no Rio
Madeira, com potencial de gerar mais de 3 mil megawatts (MW).
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