O presidente dos Correios,, anunciou hoje (10) que vai apresentar aos
funcionários, nos próximos dias, um plano de demissão incentivada (PDI)
para evitar que o caixa da empresa chegue a zero no próximo ano.
Segundo ele, a empresa aguarda a aprovação do plano pelo Ministério do
Planejamento para a liberação de um empréstimo do Banco do Brasil, no
valor de R$ 750 milhões, que vai ser usado para iniciar as demissões.
“Não é novidade para ninguém da situação bem grave que a empresa
passa”, disse, explicando que, em 2015, os Correios fecharam o ano com
um prejuízo de R$ 2,1 bilhões e a previsão para 2016 é de prejuízo de
quase R$ 2 bilhões. Segundo Campos, houve a diminuição da receita, mas
isso não representou um gasto financeiro, porque a empresa ainda tem
recursos em caixa. “Mas o caixa vai apertar a partir do ano que vem,
caso as mudanças não sejam aprovadas”, disse.
O plano de demissão incentivada dos Correios é voltado a funcionários
com mais de 55 anos, aposentados ou com tempo de serviço para requerer a
aposentadoria. A empresa tem pouco mais de 117 mil funcionários e em
torno de 13 a 14 mil estariam elegíveis para o assinar o termo.
Apesar do custo total de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões para o PDI, que
deve ser pago em até dois anos, a estimativa de economia com a folha de
pagamento dos Correios é entre R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão por ano,
nos próximos 10 anos. Segundo Campos, a folha de pagamento consome dois
terços do orçamento da empresa.
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