Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
deliberaram pela greve de sete dias, iniciando a partir desta sexta
(11). A decisão aconteceu em plebiscito realizado entre os dias 7 e 9 de
novembro, através de sistema eletrônico. Foram 721 (64,6%) votos a
favor e 395 (35,4%) contra a deflagração da greve.
Entre os docentes que votaram a favor da greve, 492 (68,2%) optaram
por um período de sete dias de paralisação. A apuração terminou na
madrugada desta quinta-feira (10).
O movimento é nacional, integra a agenda da Frente Brasil Popular e
das principais centrais sindicais, e é contra as propostas que tramitam
no Congresso, como a PEC 55/2016, que tramitou na Câmara com o número
241; PLS 54/2016, o antigo projeto de lei complementar (PL) 257, que
legisla sobre a renegociação da dívida dos estados e sinaliza para o
mercado com medidas de contenção de custos que vão do arrocho salarial
dos servidores públicos à privatização de empresas estatais; as Reformas
da Previdência e do Ensino Médio; e a Lei da Mordaça.
“A nossa responsabilidade neste momento não é pequena. Depende do
nosso poder de mobilização a construção de um amplo movimento de
resistência”, avalia o presidente do Adurn, Wellington Duarte.
O dirigente chamou atenção, ainda, para a representatividade e a
legitimidade do processo de consulta, que permitiu o posicionamento de
um número expressivo dos docentes. “O resultado do plebiscito é, antes
de tudo, a consolidação de uma forma democrática de consultar os
professores e de reforçar o papel das assembleias na medida em que ela
inicia o debate, cabendo à Direção do Sindicato dialogar com toda a
categoria”, afirmou.
Para Wellington, “a vitória do sim com expressiva maioria reafirma a
posição da nossa Diretoria em fazer parte dessa grande Mobilização
contra a PEC-55/16. Caberá ao sindicato e aos professores mobilizarem a
UFRN para que a greve seja, antes de tudo, um ato em defesa do futuro da
UFRN e daqueles que a constroem”. Segundo o professor, a diretoria
manterá a categoria mobilizada nos sete dias de greve.
Além da realização de um ato político-cultural na sexta (11), o
sindicato, em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes da UFRN e a
ATENS farão atividades durante todos os dias de paralisação, com
aulões, cinema e apresentações culturais. Na sexta, as mobilizações
deverão ser encerradas com a realização de uma Assembleia de avaliação
do movimento.
Participaram os professores sindicalizados e não sindicalizados. Somando ativos e aposentados, ao todo são 3.933 aptos a votar.
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