A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou hoje (27) a Agenda
Internacional da Indústria 2018, com 98 ações prioritárias para
facilitar e desburocratizar o comércio exterior e modernizar a política
comercial do país. Segundo a CNI, a seleção de prioridades é resultado
de ampla consulta a federações, associações, sindicatos patronais, além
de empresas de todos os portes.
No eixo que trata da política comercial, a CNI destaca a importância
de concluir o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia e
ampliar o acordo entre o Brasil e o México. “Ao mesmo tempo, com a
costura de novas parcerias comerciais, o Brasil precisa fortalecer seu
sistema de defesa comercial, como meio de combater práticas desleais”,
ressalta a entidade.
Além disso, para a indústria é preciso
implementar medidas de facilitação e desburocratização, como o Portal
Único de Comércio Exterior, e aperfeiçoar outros, a exemplo do programa
brasileiro de Operador Econômico Autorizado . Segundo a CNI, o atraso e a
burocracia alfandegários têm um custo equivalente a um imposto de 15%
na exportação e 14% na importação brasileira.
Entre as
recomendações da Agenda Internacional da Indústria no eixo de serviços
de apoio à internacionalização está a consolidação de serviços que
apoiem as empresas em seus planos de internacionalização. Um dos
exemplos é o Rota Global, programa da CNI financiado com recursos da
iniciativa europeia AL-Invest, que está capacitando 450 empresas não
exportadoras para buscarem oportunidades fora do país.
Outra
prioridade é aprimorar a utilização do carnê de admissão temporária, que
simplifica e desburocratiza o processo de exportação ou importação
temporária de bens e permite que produtos circulem por 77 países sem a
incidência de impostos de importação. Segundo a CNI, o documento é pouco
utilizado pelas empresas e enfrenta desafios operacionais nas aduanas.
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