O
novo coronavírus pegou o mundo desprevenido e fez boa parte da população
mundial mudar hábitos e se adaptar a essa nova realidade. Para tentar
conter a proliferação do vírus, as orientações são diversas: lavar as
mãos, evitar tocar nos olhos, boca e nariz sem higienizá-las, manter-se
hidratado, evitar aglomerações, usar máscara de proteção, entre outras.
Além disso, uma boa noite de sono é uma aliada para manter a saúde.
Segundo o médico do sono e neurologista da Academia Brasileira de
Neurologia (ABN), Lúcio Huebra, dormir bem auxilia no fortalecimento do
sistema imunológico, fundamental na prevenção da doença.
“É durante o sono que boa parte das funções do corpo se recupera e
isso também acontece com o sistema imune. É preciso uma boa qualidade
do sono para que as células de defesa sejam restauradas e, dessa forma,
garantam a produção de anticorpos para as diversas infecções de maneira
adequada”, diz o neurologista.
Há uma relação bidirecional entre a qualidade do sono e a imunidade.
Um sono de má qualidade ou encurtado leva o organismo a uma situação de
estresse, aumentando a liberação do cortisol, hormônio com efeito
imunomodulador e que acaba reduzindo as defesas do corpo.
Um estudo brasileiro sobre o impacto do sono na eficácia da vacina
contra a hepatite A mostrou que pessoas com privação de sono tiveram
resposta reduzida pela metade ao serem vacinadas, em relação ao grupo
que dormiu bem. Existe também evidência de que o sono curto, com menos
de seis horas, está associado a um aumento da sintomatologia do
resfriado comum. Ou seja, pesquisas comprovam que pessoas que dormem
menos do que o necessário ficam mais suscetíveis a infecções
respiratórias.
“É importante lembrar que cada pessoa precisa de uma quantidade
mínima de horas de sono diferente. Os números são médias populacionais,
então pode ser que certas pessoas precisem de mais ou menos tempo. O
importante é estar sempre revigorado no dia seguinte”, enfatiza Lucio
Huebra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário