A
piora do cenário econômico neste ano, que eleva o risco de calote por
parte dos consumidores, levou as dez maiores varejistas de capital
aberto do país a aumentarem em quase 40% os recursos destinados a cobrir
as perdas com inadimplência.
Identificada nos balanços como provisão para devedores duvidosos, o
montante passou de R$ 4,1 bilhões de janeiro a março de 2019 para R$ 5,7
bilhões no mesmo intervalo deste ano. Em relação ao quarto trimestre, a
alta foi de 9%, mostra levantamento feito pelo Valor.
Para se chegar a esses números, foram analisadas notas explicativas
de balanços das redes GPA, Carrefour, Renner, Riachuelo (Guararapes),
Marisa, C&A, Magazine Luiza, Via Varejo, B2W e Lojas Americanas. Em
valores, as maiores provisões pertencem a empresas que são donas de
operações de crédito ao consumidor, como as redes de moda (Riachuelo e
Renner) ou que controlam bancos próprios, como Carrefour.
A previsão para devedores é uma reserva de recursos para cobrir um
eventual aumento de inadimplência de consumidores nos meses seguintes.
Quanto maior o risco de calote, maior a provisão. O crescimento sinaliza
falta de confiança da companhia em receber, no prazo previsto, pela
venda feita ou pelo empréstimo já liberados.
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