Mais da metade dos profissionais de saúde afirmam que não sabem lidar
adequadamente com a crise sanitária causada pelo coronavírus. Ao todo, 64,7% disseram estar nessa situação. O dado foi revelado em uma pesquisa do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Foram ouvidos 1.456 profissionais de saúde de todo o país. As
entrevistas foram feitas em ambiente online, no período de 15 de abril a
1º de maio.
Do total de entrevistados, somente 14,29% deles se sentem preparados para atuar no novo contexto.
O estudo também revela que os agentes comunitários de saúde (ACS) e
agentes de combate à endemia (ACE) são os que se sentem menos capazes de
enfrentar a atual conjuntura.
Apenas 7,61% desse grupo julgam estar prontos para encarar os
desafios impostos pela crise. Já entre os profissionais de enfermagem, a
proporção dos que se acham preparados é de 20,09%.
Apesar dos contrastes verificados com a regionalização e recorte de
categoria profissional, há um elemento que todos compartilham: o medo. O
grau mais elevado, de 91,25%, foi registrado entre os agentes
comunitários e de endemias.
Depois aparecem os 88,24% de profissionais das equipes ampliadas da
saúde, 84,31% dos trabalhadores da área de enfermagem e 77,68% dos
médicos.
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