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Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação
Storage, visando combater a difusão de pornografia infantojuvenil
através da internet, no Rio Grande do Norte. Aproximadamente 35
policiais estão cumprindo 7 mandados de busca e apreensão, expedidos
pela Justiça Federal nas cidades de Natal (5), Extremoz (1) e Mossoró
(1).
A operação é resultado de cinco investigações que tramitaram na
delegacia especializada em crimes cibernéticos. Uma delas, foi
desdobramento da Operation Trojan, deflagrada nos Estados Unidos em 2017
e resultante de ação coordenada do FBI com a Força-Tarefa Internacional
de Combate a Crimes contra Crianças. Nela, apurou-se que usuários de
vários países estavam disseminando pornografia infantil por meio da
GigaTribe, programa que permite a criação de uma rede privada de
compartilhamento direto de dados.De modo semelhante, em outras
investigações, também se chegou à autoria dos crimes por meio do
rastreamento das redes peer-to-peer (P2P), de compartilhamento direto.
A PF também descobriu que, em um dos inquéritos que compôs o acervo
da operação, as imagens de nudez juvenil estavam sendo obtidas por meio
de dissimulações e ameaças, ou seja, os usuários do programa Skype
estabeleciam uma relação de confiança com as vítimas e as induziam a
produzirem fotos e vídeos com conteúdo sexual. Depois, sob ameaça de
divulgação dos arquivos, promoviam extorsões financeiras ou exigiam a
produção de mais conteúdos similares.
Após o exame pericial dos dispositivos eventualmente apreendidos na
operação de hoje, caso imagens ou vídeos retratando cenas de exploração
ou abuso sexual sejam encontrados, os infratores poderão responder pelos
crimes previstos nos artigos 240, 241-A ou 241-B, do Estatuto da
Criança e do Adolescente, que preveem pena de até 8 (oito) anos de
reclusão.
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