Segundo o diretor médico da Sinovac, Zijie Zhang, que está no Brasil há três meses trabalhando dentro do Instituto Butantan em razão da parceria da farmacêutica chinês com o governo do Estado de São Paulo, a nova cepa impõe desafios aos laboratórios e sinaliza que a pandemia pode ainda não estar tão perto do fim.
“Acredito que teremos que usar máscaras, no mínimo, por pelos menos mais dois anos, talvez três. Precisamos que a população tome os reforços.
Veja, no continente africano somente 10% das pessoas tomaram a vacina. E mesmo nos EUA menos de 40% tomaram as doses de reforço. A melhor maneira de reduzir a transmissão é tomando o reforço.
Se duas doses protegem por seis meses, talvez o reforço possa proteger por um ano. É o que estamos estudando.
O cientista da Sinovac diz que as primeiras doses das vacinas, tanto a Coronavac, fabricada pela farmacêutica chinesa, quanto as demais, possivelmente são menos eficazes contra a ômicron do que eram diante das outras cepas.
Contudo, isso não reduz a necessidade de que a população tome as doses de reforço. Pelo contrário, pois os laboratórios têm se dedicado a atualizar os antídotos. Zijie afirma que, quando a variante delta começou a se disseminar, os laboratórios já começaram a considerar os novos dados, mas reconhece que a ômicron aumentou a complexidade do trabalho.
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