A pesquisa ouviu 1.053 pessoas durante o mês de novembro.
Veja outros destaques da pesquisa:
- 89% cortaram algum tipo de serviço;
- 40% dos que moram de aluguel trocaram ou pretendem mudar de residência;
- 51% optam por produtos mais baratos e por estocar itens em promoção;
- 60% dos empregados passaram a fazer bicos para complementar renda
Carnes nobres como picanha e filé mignon já não aparecem no prato da maioria dos entrevistados (75% e 73%, respectivamente), enquanto 67% alegaram que não compram mais outros cortes de carne de boi.
O frango passou a ser a fonte mais consumida pelos respondentes (57%), seguido do ovo (19%), peixes, com exceção do salmão (15%), cortes menos nobres de boi (14%) e porco (6%).
Já o consumo de filé mignon representa, atualmente, apenas 1% entre todas as proteínas, e a picanha e o salmão sequer alcançaram este percentual.
A pesquisa aponta ainda que 89% dos entrevistados deixaram de consumir produtos e serviços por causa da alta dos preços. Os segmentos mais afetados foram viagens e vestuário, apontados por 69%. Quanto ao entretenimento, 68% da população cortou gastos com cinema, shows e teatro.
Outro destaque é o número de pessoas que trocaram de residência para economizar. Entre os 30% que afirmaram morar de aluguel, 40% precisaram ou pretendem se mudar devido aos reajustes de valores.
Para tentar complementar a renda, muitos se viram obrigados a buscar alternativa na dupla jornada. “Os bicos têm sido a salvação inclusive para a parcela que está empregada - 60% começaram a pegar trabalhos extras, o que pode ser reflexo da falta de reajustes ou de aumentos que não acompanharam a inflação”, afirma Tânia.
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