Dados do Ministério da Saúde mostram que dos 15.038 nascidos no RN, até 30 de novembro de 2023, 4.468 foram classificados como prematuros. É considerado prematuro o bebê que nasce com menos de 37 semanas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem quatro classificações na prematuridade: entre a 34ª e 36ª semana e seis dias é tardio; de 23 a 33 semanas e seis dias tem classificação moderada; entre 28 e 31 semanas e seis dias é muito prematuro; e os casos mais graves são os nascimentos acontecidos abaixo de 28 semanas, sendo classificado como prematuro extremo. Quanto menos semanas, maior é a luta pela sobrevivência.
A Januário Cicco é uma das unidades de atendimento no Rio Grande do Norte de maior referência no tratamento e acolhimento a bebês prematuros. São 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), três leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo), 15 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa) e alojamento conjunto.
A Secretaria do Estado de Saúde Pública (SESAP) aponta que existem cinco maternidades na rede materno-infantil de alto risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS): a MEJC e o Hospital Estadual Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina) em Natal, o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB/UFRN/Ebserh) em Santa Cruz, o Hospital Divino Amor em Parnamirim, e o Hospital Almeida Castro, em Mossoró.
Dados cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) apontam que em 2023 o maior quantitativo de bebês prematuros nascidos na capital são provenientes da Zona Norte da capital com 62,2%, seguido da Zona Sul (20,3%), Leste (10,0%) e Oeste (7,5%).
Dados cedidos pelo MEJC mostram que até setembro de 2023 foram realizados 2.815 partos, sendo 850 classificados como prematuros. Comparado ao mesmo período, em 2022 foram 840. A médica neonatologista da Maternidade, Anna Christina Granjeiro, explica que existem dois tipos de casos atendidos: as mães que sabem ainda no andamento da gestação que o parto pode acontecer em período prematuro, e o pré-natal é realizado na unidade, e aquelas que são encaminhadas por outras redes de atendimento por intercorrências.
Os principais fatores de riscos que podem gerar um parto prematuro são descobertos durante a gravidez. “Uma mãe com hipertensão ou diabetes gestacional, em tratamento de alguma infecção ou outras condições de saúde, já sabe que o bebê pode nascer prematuro”, informa a neonatologista.
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