quinta-feira, janeiro 18, 2024

CGU conclui que cartão de vacina de Bolsonaro foi adulterado, mas não aponta culpados.

Em investigação aberta para apurar supostas fraudes no cartão de vacina de Jair Bolsonaro, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que houve adulteração nas informações do ex-presidente inseridas no portal estadual de vacinação de São Paulo, o Sistema VaciVida, mas o órgão de controle não aponta culpados para a fraude.

A CGU ouviu o funcionário que era responsável pela UBS Parque Peruche na época em que Bolsonaro supostamente teria se vacinado, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde. Eles afirmaram que o ex-presidente nunca esteve no local.

A CGU também obteve dados da Força Aérea Brasileira que demonstram que Bolsonaro retornou de São Paulo para Brasília no dia 18 de julho de 2021, um dia antes da data da suposta suposta vacinação. Na época, o então presidente se encontrava na capital paulista para tratar um quadro de obstrução intestinal. Procurado, Bolsonaro não se manifestou.

Apesar de a investigação apontar para uma fraude no cartão de vacinação, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso por não ter encontrado provas suficientes contra funcionários públicos durante a apuração. A CGU dedicou esforços à apuração da fraude no cartão de vacina no estado de São Paulo, já que, na Polícia Federal, já há uma investigação em curso por crime semelhante no estado do Rio de Janeiro.

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