Dezenas de observadores internacionais foram deportados na sexta-feira (26) da Venezuela e cerca de 100 foram impedidos de entrar após Nicolás Maduro fechar as fronteiras do país.
Mas curiosamente, Celso Amorim, assessor de Lula, foi o único a conseguir pousar no país, sendo muito bem recebido pelo regime de Maduro.
Para Celso Amorim, apesar de Maduro ter afastado os seus principais concorrentes e de ter isolado o país, impedindo a entrada e a saída de pessoas, “as eleições mostrarão como a democracia está consolidada na Venezuela”.
O ex-chanceler, principal conselheiro de Lula para a agenda externa, há tempos é ponto de contato do governo brasileiro com Caracas. Há mais de um ano, em março passado, quando já havia intensas negociações para que Maduro convocasse eleições, Amorim viajou a Caracas.
No desenrolar dos últimos dias, no entanto, rusgas entre Lula e Maduro se tornaram públicas. O ditador vem dizendo que, caso não vença o processo eleitoral, o país viverá um “banho de sangue”. Lula manifestou estar preocupado com o tema, ao que Maduro respondeu, sem citá-lo, que quem está preocupado “deveria tomar um chá de camomila”.
O ditador também já havia criticado o processo eleitoral no Brasil, afirmando erroneamente que o sistema não é auditado. Em resposta a isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar mais seus dois técnicos para, como convidados, serem observadores oficiais das eleições. Amorim não é um observador deste tipo.
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