Chegando aos 70 dias de paralisação das atividades, os médicos do RN se reuniram em assembleia na noite da última segunda-feira e decidiram manter a greve e ingressar, até a próxima semana, com uma ação na Justiça contra o Governo do Estado por assédio moral coletivo à categoria. O presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), Geraldo Ferreira, diz que os profissionais vêm se sentindo perseguidos pelo governo que, segundo ele, quer "transformar o médico no vilão do caos que o próprio estado criou na saúde pública".
No geral, a assembleia dos médicos discutiu sobre três importantes pontos: a manutenção da greve; a ação por dano moral coletivo à categoria; e a entrada na Justiça por um mandato de segurança contra o controle da frequência dos profissionais nos hospitais por meio do ponto eletrônico. Quanto ao primeiro ponto, Geraldo Ferreira diz que o Sinmed vem tentando um acordo com o governo, mas não sente reciprocidade na busca por uma solução boa para os dois lados. "Se a greve fosse suspensa, daria mais uma chance do governo protelar as medidas necessárias para o bom funcionamento dos atendimentos", justifica o líder sindical.
A ação por dano moral coletivo contra o estado, que já está sendo elaborada pela assessoria jurídica do Sinmed, contempla o sentimento de perseguição dos médicos por parte do governo. Segundo Geraldo Ferreira, o déficit de profissionais na rede da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) vem sobrecarregando médicos plantonistas e o governo exige o cumprimento do trabalho sem dar as devidas condições ao profissional de saúde. A assessoria de imprensa do governo negou que as ações implementadas na saúde estejam vitimando qualquer categoria profissional.
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