De hoje a noite até domingo, o Brasil será novamente governado pelo senador José Sarney (PMDB-AP). Sem boas lembranças para marcar seu retorno, ele volta ao Palácio do Planalto 22 anos depois de deixar o cargo com uma desaprovação de 60% da população que achava sua gestão ruim e péssima . Isso em função do fracasso de três planos econômicos que levou ao caos econômico, inflação de 2.000% ao ano, greves geral inclusive em serviços essenciais, congelamento de preços e salários , desabastecimento geral de produtos e alimentos, confisco de boi no pasto e ágio até para compra de fralda descartável.
Quarto na linha sucessória, Sarney reassume porque o vice presidente Michel Temer (PMDB-SP) viaja a Portugal e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) viaja para o Panamá. É mais uma agenda política positiva antes de deixar o cargo de presidente do Senado, daqui a duas semanas. A presidente Dilma Rousseff só retorna da Rússia no domingo.
Mas Sarney quer passar discretamente pela Presidência nesses quatro dias, para evitar comparações com outros presidentes interinos, que tiveram passagens folclóricas pelo cargo na ausência do titular.
Sarney será empossado a partir do embarque de Temer e Marco Maia hoje a noite. Mas disse que só vai dar uma passada no Palácio do Planalto e despachará do Senado. Ele minimizou a interinidade, dizendo que é apenas um procedimento administrativo.
Ao contrário do correligionário, Sarney, desta vez , quer passar pela Presidência sem fazer barulho. E nega que vá aproveitar a ausência de Dilma para sancionar o veto à nova lei que distribui os royalties do petróleo do pré-sal. Ele não pretende dar entrevistas como presidente, ou agendar encontros políticos no gabinete de Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário