Em
discurso na tribuna do Senado ontem quinta-feira (10), o líder do
Democratas no Senado, José Agripino (RN), criticou o que chamou de
“empréstimos privilegiados” do governo federal - via Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - a empresas eleitas, pelo
próprio Executivo, como “campeãs nacionais”. O parlamentar potiguar
lembrou que, desde 2007, foram aplicados R$ 20 bilhões em empresas
companheiras do governo do PT.
Numa mesma semana,
dois fatos mostraram o tamanho do fracasso dessa política petista. O
conglomerado da OGX, do empresário Eike Batista na qual o BNDES
financiou R$ 10,4 bilhões, desandou. A empresa Oi, produto da fusão da
Telemar com a Brasil Telecom, tornou-se uma campeã nacional portuguesa,
fundindo-se com a Portugal Telecom. Em 2010, o BNDES e os fundos de
pensão tinham 49% da empresa. A nova “supertele” nasce com uma dívida de
R$ 45,6 bilhões. Novamente, receberá recursos do BNDES e dos fundos
companheiros.
“Essa responsabilidade é do governo
federal. Foi ele quem resolveu eleger as campeãs nacionais para serem
ajudadas pelo BNDES. Foram empréstimos privilegiados que hoje significam
um grande malogro para o Executivo”, ressaltou Agripino. “Ou o Brasil acorda para equívocos como esse ou vamos para o fundo do poço”, acrescentou.
O parlamentar lembrou que tem um projeto de lei, em tramitação no
Senado, que obriga o presidente do BNDES a ir duas vezes por ano à Casa
prestar contas dos investimentos da instituição.
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