Os três principais partidos que disputam a Presidência usaram parte
do primeiro programa do horário eleitoral no rádio, na manhã desta
terça-feira (19), para homenagear o ex-governador Eduardo Campos, morto
em acidente aéreo na semana passada. O PSB legenda do pernambucano,
apresentou depoimentos de Campos e o nome de Marina Silva, que deve
assumir a chapa, foi citado apenas uma vez.
O programa da coligação Unidos pelo Brasil, liderada pelo PSB,
ressaltou o sentimento de mudança deflagrado pelas manifestações de
junho do ano passado. A coligação conta com 2 min03s, o menor tempo na
comparação com a candidata do PT, Dilma Rousseff (11min24s), e com o
candidato do PSDB, Aécio Neves (4min35s).
O PT deixou a parte final do programa para homenagear Campos e foi
apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Pedi a Dilma
para encerrar o programa dizendo palavras em homenagem a Eduardo
Campos”, disse o petista. Amigo do ex-governador, Lula afirmou ter
relação de “afeto de pai e filho” com Campos, que foi ministro no
governo Lula. O ex-presidente lembrou ainda de uma das últimas frases do
ex-governador de Pernambuco e disse que não desistirá do Brasil. “Sua
luta sempre foi e vai continuar sendo nossa luta”, afirmou o
ex-presidente.
Já no início do programa, o PSDB falou sobre Campos. Aécio procurou
destacar o vínculo que tinha com o ex-governador e contou ter conhecido
Campos durante o movimento das Diretas Já, quando cada um acompanhava
seu respectivo avô, Tancredo Neves e Miguel Arraes. O programa do tucano
afirmou ainda que os dois tinham sonhos parecidos para o Brasil.
O PSDB usou o restante do programa para mostrar uma entrevista com
Aécio, que usava as respostas para fazer críticas ao governo federal.
Ele afirmou que “hoje o Brasil está pior que há quatro anos”. “O
problema não é o Brasil, mas a forma como ele é governado e quando o
governo vira problema, tudo vira problema”, afirmou.

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