Tratamento: Pílula nalmefene deve
ser indicada a homens e mulheres que consomem mais do que 7,5 e 5 doses
de álcool por dia, respectivamente (Thinkstock/VEJA)
Uma pílula que diminui a vontade de
consumir bebida alcoólica deve chegar em breve às farmácias da
Inglaterra e do País de Gales. O comprimido, indicado para ser tomado
quando uma pessoa sente a necessidade de beber, bloqueia a região do
cérebro responsável por dar a sensação de prazer ao ingerir álcool. Ou
seja, esse tratamento é diferente dos disponíveis atualmente porque
ajuda o paciente a beber menos, e não a cortar o álcool completamente.
Segundo o jornal The Guardian, o
sinal verde foi dado nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional para
Saúde e Cuidados de Excelência (Nice, sigla em inglês) da Grã-Bretanha.
De acordo com o órgão, pesquisas mostraram que a pílula, chamada
nalmefene, diminui o consumo de álcool em 61% ao longo de seis meses de
uso.
Para que a aprovação da cápsula seja
concluída, o Nice precisa divulgar as orientações completas do
tratamento, o que deverá acontecer no próximo mês. No entanto, sabe-se
que a pílula é indicada a homens que consomem pelo menos 7,5 doses de
álcool por dia (o equivalente a dois terços de uma garrafa de vinho, por
exemplo) e a mulheres que bebem no mínimo cinco doses diárias.
Estima-se que cada pílula custará 3
libras, ou cerca de 12 reais. Especialistas preveem que até 600 000
pessoas possam ser beneficiadas pela nalmefene e que o tratamento será
capaz de salvar 1 854 vidas ao longo de cinco anos, além de prevenir 43
074 casos de doenças associadas ao consumo de álcool na Inglaterra e
País de Gales.
“Nós estamos satisfeitos em poder
oferecer o nalmefene para ajudar as pessoas que lutam contra a
dependência em álcool”, disse, ao jornal britânico, Carole Longson,
especialista do centro de avaliação de tecnologia do Nice.
Além da aprovação da pílula, o Nice
adotará outras iniciativas para combater o alcoolismo na Grã-Bretanha.
Ainda de acordo com o The Guardian, o órgão recomendará que
médicos questionem todos os pacientes sobre o consumo de bebida
alcoólica, independentemente do motivo da consulta. Via Veja.
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