(Foto reprodução/Google)
O que antes era visto apenas como um
problema enfrentado pelos idosos, hoje em dia tornou-se comum entre os
jovens. Dados do Ministério da Saúde apontam que 62 mil pessoas, com
menos de 45 anos, morreram no Brasil entre os anos 2000 e 2010 por causa
do acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como
derrame cerebral. Perda de noites, consumo de bebidas alcoólicas e
sedentarismo são os principais fatores que contribuem para estes
números.
Dividido em dois tipos, o derrame
cerebral pode ser isquêmico ou hemorrágico. O esquêmico ocorre na
maioria dos casos e caracteriza-se pela falta de sangue no cérebro
devido a uma obstrução dos vasos sanguíneos. Já o hemorrágico
caracteriza-se pelo sangramento ocorrido dentro do tecido cerebral.
De acordo com o neurologista João
Gustavo Vilela, a intensidade e o imediatismo dos jovens têm contribuído
para problemas graves de saúde. “Ultimamente, os adolescentes e jovens
têm se preocupado muito com a beleza externa e muitas vezes deixam de
fazer exames periodicamente. Além disso, ficam expostos a fatores de
risco, como noites perdidas ou mal dormidas, consumo intenso de bebidas
alcoólicas e falta de exercícios físicos, o que é diferente da prática
de musculação”, afirmou.
Ainda de acordo com dados do Ministério
da Saúde, em 2012, quatro mil pessoas entre 15 e 34 anos foram
internadas por causa do problema no país. Ainda assim, Vilela destaca
que o tratamento para pessoas jovens e idosos é o mesmo. “O
acompanhamento médico e a alimentação saudável são essenciais”, afirmou.
Nos casos de isquemia cerebral, há a possibilidade de utilizar
medicações que podem desobstruir os vasos sanguíneos. Em ambos os casos,
a intervenção cirúrgica pode ocorrer. “O tempo é um fator importante
nesse caso. Quanto mais rápido o socorro, melhor para o paciente”,
alertou o médico.
Entre os sintomas mais frequentes estão a
perda das forças, principalmente nos membros inferiores e superiores e
nos músculos do rosto, sensação de formigamento, alteração na
sensibilidade, voz e audição, além de intensas dores de cabeça. Além
disso, há casos de desmaios, em alguns pacientes. O diagnóstico é feito
por meio de exames de tomografia e ressonância magnética, que permitem
identificar a área do cérebro afetada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário