Fernanda Xavier da Silva, de 12 anos, tornou-se mais uma criança
potiguar que, embora tenha conseguido encontrar um doador de medula
óssea compatível, não resistiu à leucemia. O transplante de medula óssea
deveria ter sido realizado entre agosto e outubro do ano passado,
quando ela estava pronta. Porém, a doadora pediu adiamento para resolver
problemas pessoais. Em dezembro, quando decidiu fazer a doação, o
estado de saúde da menina já havia piorado e o transplante não foi
possível. Fernanda morreu no final da noite desta sexta-feira (12) no
Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal.
“Embora não fosse mãe dela, eu perdi uma filha”, lamentou Rosali
Cortez, de 55 anos, presidente da Hatmo (Humanização e Apoio ao
Transplantado de Medula Óssea do Rio Grande do Norte) – associação sem
fins lucrativos constituída por pacientes, familiares e profissionais
voluntários.
Os pais da menina moram em Lagoa de Pedras, cidade distante pouco mais
de 50 quilômetros da capital. Sem recursos para custear um tratamento e
nem condições de ir todos os dias a Natal, a família deixou Fernanda
aos cuidados da associação. E assim foi por um ano e oito meses.
“Adotamos a menina. A Hatmo inteira a acolheu com muito amor”,
acrescentou Rosali.
Fernanda será velada ao longo de toda a manhã deste sábado (18) no
Centro de Velório São José, no bairro do Alecrim, na Zona Leste da
cidade. À Tarde, o corpo segue para a cidade de Lagoa de Pedra, onde
será sepultado.
A Hatmo atende atualmente 126 crianças e 56 adultos. Vinte e cinco
pessoas aguardam doação de medula óssea. Destes, 14 já encontraram
doadores na própria família, mas ainda não fizeram o transplante. As
demais, ainda esperam por um doador compatível. Via g1/RN.
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