O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou nesta quarta-feira
(6), no plenário da Câmara, que mulher que “bate como homem, tem que
apanhar como homem também”.
Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal e
presidente regional do DEM, Fraga fez a afirmação em um dos microfones
do plenário depois que a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ameaçou
denunciar o deputado Roberto Freire (PPS-SP) ao Conselho de Ética
da Câmara.
Durante uma discussão com o deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP), na sessão de debate das medidas provisórias do
ajuste fiscal, Freire tocou o colega com as mãos pelas costas. Silva
reagiu: “Não toque em mim, não toque em mim”. Em seguida, Jandira
Feghali, que estava ao lado de ambos, criticou Freire e o acusou de
tê-la empurrado.
Em meio à confusão que se formou no
plenário, Fraga foi a um dos microfones, contestou a acusação da
deputada e afirmou que ela puxou o braço de Freire.
“Ninguém pode se prevalecer da posição
de mulher para querer agredir quem quer que seja. E eu digo sempre que
mulher que participa da política e bate como homem, tem que apanhar como
homem também. É isso mesmo, presidente”, disse Fraga.
O deputado Fraga, favorável à redução da
maioridade penal e um dos defensores do fim do Estatuto do
Desarmamento, encerrou sua fala chamando “os mais valentes”. “E aqueles
que são mais valentes, me procurem logo após aqui”, desafiou.
Jandira Feghali afirmou que entrará na
Corregedoria da Câmara com representação contra Fraga por quebra de
decoro parlamentar. A punição nesse tipo de processo pode ir de
advertência à suspensão ou perda do mandato.
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