Embora elogiado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), o Brasil tem um longo caminho a percorrer caso queira
alcançar o compromisso de controlar doenças tropicais negligenciadas
(DTNs). Entre os principais desafios estão esquistossomose e hanseníase,
cujos indicadores são piores do que os da meta proposta para o País.
Estimativas indicam haver cerca de 7
milhões de pessoas contaminadas por esquistossomose. No caso da
hanseníase, os números estão em queda, mas alguns Estados apresentam
dados preocupantes, como Mato Grosso, com 9,03 casos a cada 10 mil
habitantes; e Maranhão, com 5,29. O ideal é prevalência inferior a 1.
“Acho possível acabar com o problema no
prazo determinado”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi. Para tentar reduzir novos
casos de hanseníase, a pasta promete ampliar a oferta de medicamentos de
uso preventivo para aqueles que têm contato não tão próximo com
pacientes. Hoje, o uso da quimioprofilaxia preventiva, como é chamada, é
para pessoas consideradas mais próximas, como parentes ou habitantes da
mesma casa. “É uma maneira de se reduzir a cadeia de transmissão”, diz
Nardi.
Márcia de Souza Lima, uma das autoras do
estudo da OMS, destaca dois resultados importantes do Brasil: a redução
dos casos de filariose e a contenção da oncocercose, parasitose sem
novos casos desde 2012. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
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