domingo, agosto 02, 2015

PARA ONDE VAI MARINA.

A ex-candidata Marina Silva planeja oficializar seu partido neste mês. O futuro político, porém, é incerto(Ueslei Marcelino/Reuters)

No dia 29 de agosto de 2014, há praticamente um ano, a ex-senadora Marina Silva e seus apoiadores dormiram com uma notícia que mal sabiam como lidar: uma pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha apontava que a substituta de Eduardo Campos (PSB), morto num acidente aéreo, seria a presidente da República se a corrida eleitoral terminasse naquele dia. A ascensão, contudo, foi tão meteórica quanto a derrocada. O furacão Marina perdeu força continuamente nas semanas seguintes metralhado por uma campanha suja que pregava o medo no eleitorado, colocada em prática pela máquina de propaganda petista. Resultado: Marina repetiu desempenho de 2010 e, apagada, ficou fora do segundo turno.

Mas se é verdade que a ex-senadora foi vítima dos falcões que viram o projeto de poder petista ameaçado, também é fato que o cenário pós-eleitoral deu a ela condições para se reerguer: Dilma não demorou para adotar as medidas que acusou Marina de tentar patrocinar, perdeu o controle de suas bases no Congresso e, no oitavo mês à frente do cargo, ainda não consegue encontrar uma solução para a crise econômica sem fim que assola o país. Marina, porém, sumiu e tem mantido distância dos movimentos pelo impeachment de Dilma que ganharam as ruas. Tampouco participa da vida partidária da sigla que se hospedou para disputar as eleições, o PSB.

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