No mês em que a ONU comemora o “outubro urbano”, o Brasil toma
conhecimento de dados preocupantes em relação a obras particulares de
suas cidades. Pesquisa inédita realizada pelo Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e pelo Instituto Datafolha mostra que a
maioria das reformas ou construções particulares no Brasil é feita sem a
assistência de um profissional especializado, em desrespeito às leis e
normas vigentes no país.
Segundo a pesquisa, realizada com 2.419 pessoas em todo o Brasil, 54%
da população economicamente ativa já construiu ou reformou imóvel
residencial ou comercial. Desse grupo, 85,40% fizeram o serviço por
conta própria ou com pedreiros e mestres de obras, amigos e parentes.
Apenas 14,60% contratou arquitetos ou engenheiros.
A pesquisa também revela que, entre aqueles que contrataram
arquitetos e urbanistas para auxiliar na obra, há um índice altíssimo de
satisfação: 78%. E que mesmo com essa realidade preocupante, 70% da
população economicamente ativa considera a possibilidade de contratar um
arquiteto e urbanista na realização de sua próxima construção ou
reforma.
De modo geral, a contratação de profissionais especializados está
ligada à renda e à escolaridade. Enquanto 26,2% da população
economicamente ativa com nível superior construiu ou reformou com ajuda
especializada, esse índice é de 9,5% – menos da metade. Apenas entre as
pessoas da classe A, essa taxa pula para 55%.
A pesquisa CAU/BR-Datafolha também investigou a percepção da
população em relação a uma série de outros temas como: conhecimento
sobre as atividades realizadas por arquitetos e urbanistas, importância
do planejamento no desenvolvimento e organização das cidades e dos
espaços urbanos e conhecimento sobre as atividades do CAU. A pesquisa
completa pode ser acessada em www.caubr.gov./pesquisa2015.
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