O “Água Doce” é um programa do governo
federal em parceria com o Governo do Estado que visa a utilização de
poços de água salobra para o abastecimento humano. No Rio Grande do
Norte, o convênio entre Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) deverá
beneficiar 30 mil famílias – de comunidades rurais do interior – até o
final de 2018, quando termina o contrato.
No
valor de R$ 20 milhões, o Programa Água Doce (PAD) já beneficiou nove
mil famílias, aponta a Semarh. Na última semana, o secretário titular da
pasta, Ivan Júnior, pleiteou junto ao Governo Federal a ampliação. “É
um projeto que está trazendo bons resultados”, disse. “Ainda pretendemos
ampliar para outras regiões do estado, após o final desse convênio”,
completou.
O PAD tem como objetivo
estabelecer uma política pública de acesso à água de boa qualidade para
consumo humano, através dos dessalinizadores. Os equipamentos atendem
aos municípios de acordo com o critério adotado pelo MMA: o Índice de
Condições de Acesso à Água (ICCA). Ele leva em consideração a
pluviometria, intensidade de pobreza, taxa de mortalidade infantil, o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a vazão do poço e sua
concentração de sal.
A meta do
programa é implantar 103 sistemas de dessalinização em comunidades
rurais do semiárido potiguar, além de duas unidades demonstrativas, dois
sistemas de dessalinização movidos a energia solar, em João Câmara, e a
revitalização da unidade demonstrativa de Caatinga Grande, cuja
execução deverá ocorrer até outubro de 2017. Nesta última, localizada no
município de São José do Seridó, a comunidade utiliza água salobra do
rejeito dos poços para o cultivo de tilápia e de plantas que servem de
comida para caprinos e ovinos.
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