Um estudo feito pela Agência das Nações
Unidas para os Refugiados (Acnur) diz que o maior número de pessoas que
fogem de conflitos e guerras acaba conseguindo abrigo, não nas nações
desenvolvidas, mas em países mais pobres. O documento, divulgado ontem
(28), mostra que a maioria das 3,2 milhões de pessoas forçadas a fugir
de suas casas no ano passado encontrou refúgio em nações de baixa e
média rendas. As informações são da ONU News.
“Os países que mais recebem pessoas
deslocadas são os mais pobres”, frisou o alto comissário da ONU para
Refugiados, Filippo Grandi. Segundo Grandi, atualmente o mundo “enfrenta
não só uma crise de números, mas de cooperação e solidariedade”.
O alto comissário explicou que mais da
metade dos novos refugiados no mundo no primeiro semestre de 2016 vieram
do conflito na Síria. A maioria ficou pela região do Oriente Médio
mesmo, dividida entre Turquia, Jordânia, Líbano e Egito. Segundo o
relatório do Acnur, outros refugiados fugiram de conflitos no Iraque,
Burundi, Sudão do Sul, na República Centro-Africana, República
Democrática do Congo, Eritreia e Somália.
O Líbano e a Jordânia são os países que
abrigam a maior quantidade de refugiados, em comparação ao tamanho de
suas populações, explicou a agência da ONU. Já em termos econômicos, os
países que sofrem o maior peso dos imigrantes são o Chade e o Sudão do
Sul.
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