A assessoria da Polícia Militar informou hoje (26) que o major João
Alexandre Assad, cardiologista do Hospital Central da Polícia Militar no
bairro do Estácio, região central do Rio, foi preso na última
sexta-feira (23) em decorrência do Inquérito Policial Militar (IPM),
instaurado em 2015, que apura irregularidades cometidas na administração
do Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom).
O oficial foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), por
cobrar propina de empresários para direcionar contratos de fornecimento
de stents (pequena prótese cilíndrica de malha de metal, usada para evitar obstrução de um vaso sanguíneo) para a unidade de saúde.
De acordo com a denúncia, em 2013, Assad cobrou R$ 2 mil por cada stent
fornecido pela empresa Vide Bula para o HCPM, por meio de uma licitação
com valor total de R$ 1,1 milhão. Por esse contrato, a empresa forneceu
127 unidades de stents farmacológicos e 90 stents
convencionais e pagou ao major R$ 434 mil em propina. Em troca, Assad
ofereceu assinar um laudo atestando que o produto da Vide Bula era
superior ao dos concorrentes, o que possivelmente direcionaria futuras
licitações.
Entre 2015 e 2017, o MPRJ ofereceu ao todo 13
denúncias à Justiça comum e à Auditoria de Justiça Militar contra uma
organização criminosa instalada no Estado Maior da PM e nas unidades
hospitalares da corporação para fraudar licitações, inclusive com
participação de diversos oficiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário