O juiz federal substituto Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal
de Curitiba, acolheu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra
o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e mais nove acusados de
participar de umesquema de corrupção, lavagem de dinheiro e associação
criminosa na concessão de rodovias do chamado Anel de Integração do
Paraná.
Ao investigarem o suposto esquema no âmbito da Operação Integração,
deflagrada em fevereiro de 2018, o MPF e a Polícia Federal (PF)
identificaram indícios de “diversos fatos criminosos relacionados a
esquema de corrupção irrigado pelo suposto superfaturamento na cobrança
dos pedágios nas rodovias públicas federais concedidas às empresas
concessionárias".
Os investigadores estimam que, entre 1999 e janeiro de 2018, as
concessionárias pagaram aproximadamente R$ 35 milhões em propina aos
agentes públicos que atenderam aos seus interesses. As suspeitas já
haviam levado à prisão de
Beto Richa no último dia 25 - o ex-governador foi solto poucos dias
depois, por decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
ministro João Otávio de Noronha.
Parte das informações que levaram o MPF a denunciar Richa e mais nove
investigados por corrupção passiva e organização criminosa foram
obtidas a partir dos depoimentos do ex-diretor do Departamento de
Estradas e Rodagens do Estado do Paraná (DER/PR), Nelson Leal Júnior, do
ex-presidente da Econorte, Hélio Ogama, e do executivo da Econorte,
Hogo Ono. Os três assinaram acordos para colaborar com a Justiça a fim
de obter redução de penas.
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