A Defensoria Pública do Rio de Janeiro vai acompanhar e dar
assistência às famílias dos mortos na comunidade do Fallet, no Rio
Comprido, na região central da cidade, na última sexta-feira (8). A
operação do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais,
tropas de elite da Polícia Militar (PM) estendeu-se a comunidades
vizinhas, como Coroa e Fogueteiro, no mesmo bairro, e também ao Morro
dos Prazeres, em Santa Teresa. Com dois corpos encontrados no domingo
(10), subiu para 15 o número de mortos.
A mãe de uma das vítimas, Tatiana Antunes de Carvalho, esteve no Ministério Público do Rio pedindo ajuda. Tatiana disse que os rapazes foram executados e que não houve troca de tiros e que seu filho morreu a golpes de faca, sem levar nenhum tiro.
A mãe de uma das vítimas, Tatiana Antunes de Carvalho, esteve no Ministério Público do Rio pedindo ajuda. Tatiana disse que os rapazes foram executados e que não houve troca de tiros e que seu filho morreu a golpes de faca, sem levar nenhum tiro.
“Eles mataram todo mundo. Barbarizaram a comunidade à toa, à toa.
Eles são assassinos. Não foi só o meu filho, não. Eu preciso de Justiça,
meu Deus. Eles mataram meu filho de faca. Eles são covardes”, afirmou
Tatiana, que é mãe de Felipe Guilherme Antunes, de 21 anos, e tia de
Enzo Carvalho, também vítima da ação policial.
Com o atestado de óbito do filho na mão, Tatiana foi taxativa: “eles
não pegaram o menino com nada. Não importa o que eles eram. Eles [os
policiais} tinham que prender. Meu filho não tinha um tiro. Não teve
trocação de tiro nenhuma. Meu filho morreu a facada. Quebraram o crânio
dele, quebraram o pescoço do meu filho. Eles não têm direito de chegar
na comunidade e fazer o que eles fizeram. Eles não tinham mandado nenhum
para sair matando. Eu vou até o final. Não vou me calar”, desabafou
Tatiana.
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