O Programa de Proteção Integrada das Fronteiras,
criado em 2016, aprendeu neste ano 34 toneladas de cocaína e 589 armas
de fogo. Os dados são da Receita Federal e do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência (GSI), relativos a resultados obtidos até
meados do 3º trimestre deste ano.
Apenas uma operação da Polícia Federal no Rio Paraná, iniciada em 15 de abril
deste ano, com o aumento de fiscalização de lanchas próxima à ponte
Ayrton Senna, que liga Guaíra (PR) a Mundo Novo (MS), suspendeu o
contrabando de 150 mil cigarros por dia - volume que desde aquela data
até o final de setembro poderia ter
rendido R$ 4,5 bilhões a organizações criminosas, conforme a
Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e da
Segurança Pública.
“Fui um baque que as organizações criminosas receberam em sua
situação financeira”, diz Eduardo Bettine, coordenador-geral de
Fronteira da Secretaria de
Operações Integradas do Ministério da Justiça. “Nós sabemos que a
capacidade financeira é um componente muito forte do crime. Nós temos
que tirar a capacidade financeira, desmonetizar as organizações
criminosas”, acrescenta.
Para o brigadeiro-do-ar Ary Soares Mesquita, secretário de Assuntos
de Defesa e Segurança Nacional do GSI, os resultados do Programa de
Proteção Integrada das Fronteiras são “reflexo da ação do governo
federal no combate ao crime”. Nove órgãos federais participam de 42
ações de combate contra crimes que ocorram nas fronteiras terrestres,
nos portos e aeroportos de todo o país.
Além do governo federal, as ações mobilizam forças de segurança,
governo e sociedades locais. “Vamos na ponta para conhecer a realidade
conversar com os órgãos de segurança pública para saber quais são as
principais demandas e também vermos com a sociedade o que podemos fazer
para melhorar essa segurança”, diz Mesquita. Ele e Eduardo Bettine
participam nesta terça-feira (5), às 22h, do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.
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