Com a radiação solar cada vez mais forte nos primeiros meses do ano, a
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) resolveu estender a campanha
Dezembro Laranja, agora chamada de Verão Laranja, por toda a estação,
que é a mais quente do ano no Brasil. Segundo o dermatologista Elimar
Gomes, coordenador da campanha contra câncer de pele da SBD, o ideal,
porém, é a população proteger-se dos raios ultravioletas durante o ano
inteiro.
“O Brasil é um país tropical e tem níveis de radiação altos mesmo no
inverno. A campanha é lançada em dezembro, primeiro mês do verão, mantém
sua mensagem ativa e daí segue para a frente com o mote Verão Laranja,
mas o ideal é que as pessoas se protejam o ano inteiro”, disse o
dermatologista.
A primeira recomendação do médico é reduzir a exposição desprotegida
ou exagerada ao sol, evitando o horário de maior pico do sol que, sem o
horário de verão, vai das 9h às 15h. O filtro solar deve ter fator de
proteção superior a 30. Para as pessoas de pele mais clara, o ideal é
usar protetor com fator 50 ou 70, além de óculos e chapéu. “E ficar na
sombra sempre que possível.”
Na praia, Elimar Gomes recomenda o uso do guarda-sol de lona, que
protege muito mais que o de plástico. O dermatologista alerta que, como a
areia também reflete a radiação, o filtro solar deve ser usado também
sob o guarda-sol – estudos comprovam que, mesmo embaixo do guarda-sol, a
pele fica vermelha por causa da reflexão.
Gomes aconselha ainda a reaplicação do protetor solar quando a pessoa
transpirar ou sair da água, caso esteja no mar ou na piscina. “Se a
pessoa se cuidar bem, dá para evitar [maiores danos].”
De acordo com Gomes, os níveis de radiação no inverno no Brasil são
similares aos do verão no Hemisfério Norte. Pela inclinação da Terra, o
sol passa por cima do Trópico de Capricórnio no verão. “Estamos na
incidência direta do sol. Isso faz com que os níveis de radiação
ultravioleta no Brasil sejam superiores.”
O site
do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra o índice de radiação
diária no Brasil e no mundo. “Na maioria das vezes, no Brasil, o índice é
muito alto. Quando isso acontece, o melhor é que a pessoa nem se
exponha ao sol”, ressalta o especialista.
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