O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou nesta
quarta-feira (8) os Estados Unidos para que se retirem da região e
considerou que o lançamento de mísseis, na última madrugada, contra
bases aéreas que abrigam tropas norte-americanas no Iraque, foi uma
"bofetada" na cara dos EUA. No Iraque, um grupo paramilitar prometeu
retaliação contra Washington, uma vez que o ataque ordenado por Donald
Trump matou, além do general iraniano Qassem Soleimani, o comandante
iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis.
“Ações militares como esta não são o suficiente”, afirmou Khamenei,
referindo-se ao lançamento de mais de uma dúzia de mísseis por parte do
Irã contra duas bases militares iraquianas utilizadas pelo Exército
norte-americano. “Esta região não vai aceitar a presença da América”.
“O que é importante é acabar com a presença degradante da América na região”, acrescentou o líder supremo iraniano durante um discurso transmitido pela televisão estatal, no qual descartou também qualquer hipótese de retomar as negociações com os EUA sobre um acordo nuclear. “Conversas e negociações são o começo da intervenção norte-americana”, afirmou.
“O que é importante é acabar com a presença degradante da América na região”, acrescentou o líder supremo iraniano durante um discurso transmitido pela televisão estatal, no qual descartou também qualquer hipótese de retomar as negociações com os EUA sobre um acordo nuclear. “Conversas e negociações são o começo da intervenção norte-americana”, afirmou.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que Washington pode ter
“cortado o braço” do general iraniano Qassem Soleimani, mas que a
“perna” dos EUA seria cortada em resposta.
O lançamento de mísseis pelo Irã na última madrugada serviu de
retaliação contra os Estados Unidos, depois de Donald Trump ter
ordenado, na semana passada, um ataque aéreo em Bagdá que resultou na
morte de Soleimani, general considerado herói no país e cujas cerimônias
fúnebres reuniram milhares de pessoas.
Javad Zarif, ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, também
reagiu ao lançamento de mísseis nesta quarta-feira. “A nossa ação foi em
legítima defesa e os Estados Unidos devem evitar avaliá-la com base em
ilusões”.
No Twitter, Zarif descreveu a medida como “adequada” e baseou-se em artigo da ONU para justificar a legítima defesa. “Não pretendemos uma escalada do conflito nem guerra, mas iremos defender-nos contra qualquer agressão”, escreveu.
No Twitter, Zarif descreveu a medida como “adequada” e baseou-se em artigo da ONU para justificar a legítima defesa. “Não pretendemos uma escalada do conflito nem guerra, mas iremos defender-nos contra qualquer agressão”, escreveu.
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