A
situação atual do Brasil, agora um dos epicentros mundiais do
coronavírus, é uma preocupação crescente, principalmente nas cidades,
afirmou Mike Ryan, chefe do programa de emergências da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
O sistema de saúde do Brasil “ainda está suportando”, embora algumas
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estejam em um estágio crítico e sob
forte pressão, com mais de 90% de taxas de ocupação do sistema de
cuidado intensivo, disse Ryan em entrevista coletiva.
A OMS também pontuou nesta sexta-feira (12) que as vacinas para o
novo coronavírus deveriam ser disponibilizadas como um bem público
global, como forma de garantir que todos tenham acesso justo a quaisquer
produtos essenciais que sejam desenvolvidos.
“Muitos líderes... têm promovido a ideia de tornar qualquer vacina um
bem público global, e isso deve continuar sendo fomentado”, disse o
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Mais líderes devem se juntar ao barco, e precisamos ter um
compromisso político verdadeiramente global e um consenso mundial antes
mesmo de termos o produto”, disse ele. “É isso que estamos
pressionando.”
As declarações de Tedros ocorrem depois de surgirem preocupações de
que alguns países, incluindo os Estados Unidos, poderiam acumular
vacinas ou medicamentos que desenvolvam para combater a Covid-19, com os
países mais pobres não tendo acesso aos tratamentos dos quais precisam.
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