Deputados dos nove estados do Nordeste criaram uma comissão parlamentar para acompanhar as ações do Consórcio Nordeste, bloco formado pelos governadores da região com o objetivo de realizar ações conjuntas.
De acordo com carta de intenções assinada por 26 deputados estaduais,
a iniciativa interestadual foi posta em prática para cobrar maior
transparência das ações implementadas pelo grupo.
Os parlamentares querem saber o motivo pelo qual o Consórcio Nordeste pagou R$ 48 milhões
de maneira antecipada a uma empresa da China que forneceria 300
respiradores para tratamentos de pacientes com Covid-19. Os equipamentos
nunca foram entregues.
No caso dos respiradores, de acordo com a investigação comandada pela
Polícia Civil da Bahia, os estados nordestinos figuram como vítimas de
um golpe.
Uma operação policial, que envolveu agentes da Bahia, de São Paulo,
do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, prendeu no dia 1º de junho três
pessoas suspeitas de participarem de um esquema fraudulento de venda
dos ventiladores pulmonares.
O Consórcio Nordeste informou que a empresa HempCare, que se
apresentava como revendedora de equipamentos hospitalares, não cumpriu o
cronograma de entrega estabelecido.
Conforme a investigação policial, o contrato foi assinado no dia 8 de
abril e os aparelhos deveriam ter sido entregues nos dias 18 e 23 de
abril. Após o não cumprimento do cronograma estabelecido, um novo prazo
foi acordado e os estados deveriam ter recebido os equipamentos até 15
de maio.
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