No ensaio envolvendo 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos, houve 18 casos de covid-19 no grupo que recebeu a injeção de placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina, resultando em 100% de eficácia na prevenção da doença, informaram as empresas em um comunicado.
A Pfizer espera que a vacinação do grupo possa começar antes de setembro, momento em que inicia o próximo ano letivo no hemisfério norte, disse Albert Bourla, presidente e executivo-chefe da empresa.
A vacina já está autorizada para uso em pessoas a partir dos 16 anos. O novo estudo oferece a primeira evidência de como a vacina funcionará em adolescentes em idade escolar.
O imunizante foi bem tolerado, com efeitos colaterais semelhantes aos observados entre aqueles com idade entre 16 e 25 anos no teste de adultos. Os efeitos colaterais para o grupo mais jovem não foram listados, mas no ensaio em adultos esses efeitos geralmente foram leves a moderados e incluíram dor no local da injeção, dores de cabeça, febre e fadiga.
As empresas também estudaram um subconjunto de adolescentes para medir o nível de anticorpos neutralizantes de vírus um mês após a segunda dose e descobriram que era comparável aos participantes do estudo com idades entre 16 e 25 anos no ensaio principal em adultos.
Bourla disse que a empresa planeja buscar nas próximas semanas autorização de emergência da FDA (Food and Drug Administration) dos EUA e de outros reguladores ao redor do mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo do hemisfério norte, em setembro.
Na semana passada, as empresas começaram os testes com crianças entre seis meses e 11 anos de idade. Esse é um passo crucial para obter permissão de agências reguladoras para começar a vacinar menores de idade e controlar a pandemia./REUTERS
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