Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (13) pela organização não governamental Instituto Fogo Cruzado revela que 31 pessoas morreram vítimas de balas perdidas na região metropolitana do Rio de Janeiro este ano. Esse tipo de ocorrência também deixou 70 pessoas feridas.
Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento de 138% (mais que o dobro) no número de mortes (13) e de 59% no total de feridos (44).
As balas perdidas são ocorrências em que as vítimas não estão diretamente envolvidas no fato que originou o disparo, ou seja, o tiro não era endereçado à vítima. A pessoa é, portanto, atingida de forma não intencional.
Entre as vítimas, estão 11 crianças das quais cinco morreram, e 12 adolescentes, dos quais três não resistiram aos ferimentos. Um dos casos mais recentes foi o do menino Dijalma de Azevedo Clemente, de 11 anos de idade, morto por um tiro durante confronto entre policiais militares e criminosos armados, quando ia para a escola, no município de Maricá.
Dijalma é uma das 57 vítimas de balas
perdidas durante ações policiais, de acordo com o Fogo Cruzado. Trocas
de tiros envolvendo a polícia resultaram em 19 mortos e 38 feridos com
balas perdidas este ano, o que significa que as operações policiais
foram as ocorrências de fundo para 56% dos casos de balas perdidas no
Grande Rio.
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