A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Americanas vota nesta terça-feira (19) o relatório final com a indicação de quatro projetos de lei para melhorar a gestão e a sistemática corporativa com o objetivo de evitar futuros casos de corrupção. O texto, estruturado em sete capítulos, não apresenta, no entanto, uma conclusão sobre possíveis responsáveis pela fraude calculada em R$ 20 bilhões na empresa que é uma das mais tradicionais redes de varejo do país.
O relatório aponta pelo menos quatro fatos relevantes encontrados pela investigação e outras três amostras de suspeitas de fraude na contabilização de operações, em contratos de verba de propaganda e nas cartas de circularização. No entanto, descreve que a preocupação “especial” foi “identificar as lacunas legislativas que tornaram o mercado corporativo brasileiro permeável e suscetível à ocorrência dos fatos”.
O objetivo, diz o relatório, foi “sanar as brechas legais e interromper as vias por onde fraudes como essas podem acontecer”, e não identificar responsáveis. O relator do colegiado, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), sugere o envolvimento da antiga diretoria nas adulterações financeiras, mas evita fazer um juízo de valor sobre a participação dos ex-diretores.
O texto foi apresentado no último dia 5, mas um pedido de vista coletivo suspendeu a votação do relatório. O prazo para conclusão da CPI é 26 de setembro.
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