O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai voltar à Assembleia Geral da ONU após um hiato de 14 anos. Novamente, será o primeiro a discursar, logo após o secretário-geral da entidade e o presidente da sessão anual, mantendo uma tradição honrada por líderes brasileiros há 68 anos.
O Brasil ocupa esta posição desde a décima sessão da cúpula em 1955, que acontece todo o mês de setembro em Nova York. Você sabe por que?
Embora a tradição não venha de nenhum estatuto oficial das Nações Unidas, um representante brasileiro sempre faz o discurso de abertura da Assembleia Geral. O Brasil foi o primeiro país a aderir à ONU e também é um dos Estados fundadores da organização. Além disso, o então ministro do governo de Getúlio Vargas de Relações Exteriores, Oswaldo Aranha, teve grande importância na história da organização e presidiu a primeira sessão especial da Assembleia e a segunda sessão ordinária no mesmo ano. Nestes dois encontros, foi aprovada a criação do Estado de Israel, com voto favorável do Brasil.
Em reconhecimento ao papel desempenhado por Aranha nos primórdios da ONU, o Brasil, desde então, abre os discursos da Assembleia Geral, que tem 193 Estados-membros, e os Estados Unidos, o anfitrião, é o segundo a falar. Para todos os outros países, a ordem de discurso é baseada no nível de representação, preferência e outros critérios.
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