Na fala, ele falou sobre as mudanças climáticas, e defendeu o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e às desigualdades. Também argumentou pela resolução de conflitos armados, e fez críticas a organismos internacionais, como a própria ONU e o FMI.
Veja abaixo os principais pontos do discurso
Combate à fome e às desigualdades:
No início do discurso, Lula citou a fome no mundo e e citou que 735 milhões de pessoas em todo o mundo vão dormir "sem saber se terão o que comer amanhã".
"A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã", declarou.
Em seguida, Lula passou a falar do combate às desigualdades e disse que falta "vontade política" para acabar com o problema no mundo.
- Questões climáticas:
No discurso, Lula também voltou a cobrar apoio financeiro dos países ricos para a adotar medidas de combate às mudanças climáticas e proteção do meio ambiente.
Ele lembrou compromisso firmado no Acordo de Paris, de aporte de recursos no meio ambiente, o qual classificou como "uma longa promessa".
"Sem mobilização de recursos financeiros e tecnológicos, não há como implementar o que decidimos no acordo de Paris. A promessa de destinar US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento permanece apenas isso. Uma longa promessa", afirmou.
- Críticas a organismos internacionais:
O FMI, o Banco Mundial e a ONU foram alvo de críticas de Lula durante o discurso. Segundo o presidente, a "representação desigual e distorcida no FMI e Banco Mundial é inaceitável". Ele disse ainda que "o protecionismo dos países ricos ganhou força e a OMC [Organização Mundial do Comércio] permanece paralisada".
Citando a mediação de conflitos armados, Lula afirmou que " Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente a sua credibilidade. Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes que travam guerras em busca de ampliação territorial ou troca de regimes".
- Guerra na Ucrânia:
O presidente também disse que a guerra da Ucrânia "escancara" a incapacidade dos países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) de alcançar a paz.
Discurso após 14 anos
Lula foi o primeiro presidente a falar nesta 78ª edição do debate, que reúne chefes de Estado e de governo, e ministros dos países da ONU. Tradicionalmente cabe ao Brasil abrir as discussões, realizadas todos os anos em Nova York.
O presidente, que está desde sábado (16) nos EUA, retornou à assembleia geral como presidente do Brasil após 14 anos, para a sua oitava participação no encontro de líderes globais. O petista é o presidente brasileiro que mais vezes discursou na ONU.
Entre 2003 e 2009, Lula abordou temas que estão na pauta de seu terceiro mandato, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a cobrança de recursos de países ricos para preservar florestas e a necessidade de combate à fome.
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