Natal e o interior do Rio Grande do Norte vem registrando chuvas históricas desde a noite da última segunda-feira (27). Na capital, lagoas de captação transbordaram, casas foram invadidas, ruas interditadas e dezenas de pontos de alagamento se formaram nas quatro regiões da cidade. De acordo com o meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisas Agropecuárias (Emparn), nunca choveu tanto em um mês de novembro no Estado.
A média histórica de chuvas neste período é de apenas 15 mm. A cidade de São José de Mipibu teve o maior acumulado da região metropolitana com 381 mm, seguida de Nísia Floresta com 355 mm. Em Brejinho, na região Agreste, a precipitação foi de 316 mm. Natal teve 194.9 mm.
O volume de chuva causou surpresa, diz Bristot. Ele explica que uma série de elementos atípicos foram registrados nas últimas horas. “A precipitação média de novembro é baixíssima. Abaixo de 15 mm, tanto para o litoral quanto para o interior. Brejinho, que choveu 316 mm, a média é 13 mm no mês de novembro. Fica difícil de entender o porquê está chovendo se tem o El Niño atuando, não devia ter essa facilidade de formação dessas chuvas. Nós tivemos uma situação anômala de volume de chuvas e até histórica porque nunca choveu tanto no mês de novembro”, comenta.
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