A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta quinta-feira (18)
ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra uma das ações que
tentam barrar a privatização da Empresa Paulista de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp). O parecer foi solicitado pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, no prazo de 24 horas.
A estatal está em processo de privatização. A fase final de liquidação deve ser concluída na próxima segunda-feira (22).
A privatização é alvo de ações protocoladas pelo PT, PSOL, PV, PCdoB e
Rede Sustentabilidade contra a Lei Estadual 17.853/2023, norma que
autorizou a venda da estatal. As legendas alegam que o modelo de
privatização é inconstitucional. Entre os argumentos apresentados, o PT,
por exemplo, alega que a empresa será vendida por preço abaixo do
mercado e diz que há limitação de participação de acionistas para
favorecer apenas uma concorrente.
No parecer enviado na ação do PT, o procurador-geral, Paulo Gonet, diz
que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), tipo de
processo protocolado pelo partido, não pode ser usada para apontar
supostas ilegalidades da privatização. "No prazo sumaríssimo de vinte e
quatro horas, não se pode afirmar nítida a existência das
irregularidades suscitadas, a justificar a concessão da medida cautelar
neste momento", afirmou.
O partido também contesta a participação de Karla Bertocco, ex-diretora
da Equatorial Participações e Investimentos, no conselho que deliberou
favoravelmente à privatização. A empresa foi a única a apresentar uma proposta para assumir a posição de investidor referência.
"O governo do estado de São Paulo, além de conduzir um processo de
evidente depreciação do patrimônio público, incentiva um movimento
especulativo no mercado acionário nacional", afirma o PT.
sexta-feira, julho 19, 2024
PGR é contra suspensão da privatização da Sabesp.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário